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Exposição “À descoberta de… António Torrado”

Está disponível, na biblioteca da escola sede do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré, a Exposição “À descoberta de… António Torrado”, com trabalhos de alunos das várias escolas do Agrupamento.

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Valter Hugo Mãe – Um homem imprudentemente poético?

Valter Hugo Mãe é o nome artístico do escritor Valter Hugo Lemos. Além de escritor é editor, artista plástico e cantor. Valter Hugo mãe nasceu na cidade angolana, outrora chamada Henrique de Carvalho, atual Saurimo, no dia 25 de setembro de 1971.

Passou a infância em Paços de Ferreira e, em 1980, mudou-se para Vila do Conde. Licenciou-se em Direito e fez uma pós-graduação em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea.

Em 1999 fundou com Jorge Reis-Sá a Quasi edições. Em 2001, ainda na Quasi, co-dirige a revista “Apeadeiro” e em 2006 funda a editora Objecto Cardíaco.

Em 2007 recebeu o Prémio Literário José Saramago, durante a entrega do qual o próprio José Saramago considerou o romance O remorso de Baltazar Serapião um verdadeiro “tsunami literário”.

Para além da escrita tem-se dedicado ao desenho, com uma primeira exposição individual inaugurada em maio de 2007, no Porto, e à música, tendo-se estreado como voz do grupo “O Governo” em janeiro de 2008, no Teatro do Campo Alegre, no Porto.

do site da Fnac

Homens imprudentemente poéticos.pngIlustração da capa: Júlio Dolbeth

Valter Hugo Mãe recusou usar palavra ‘não’ no último livro”

João Céu e Silva (31-10-2016)

As fascinantes personagens deste romance vivem num Japão que é ao mesmo tempo mitológico e íntimo, criado pela imaginação prodigiosa e profundamente poética do autor.”

Richard Zimler

 

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Valter Hugo Mãe

Valter Hugo Mãe é um dos mais destacados autores portugueses da atualidade. A sua obra está traduzida em variadíssimas línguas, merecendo um prestigiado acolhimento em países como o Brasil, a Alemanha, a Espanha, a França ou a Croácia. Publicou sete romances: Homens imprudentemente poéticos; A desumanizaçãoO filho de mil homensa máquina de fazer espanhóis (Grande Prémio Portugal Telecom Melhor Livro do Ano e Prémio Portugal Telecom Melhor Romance do Ano); o apocalipse dos trabalhadoreso remorso de baltazar serapião (Prémio Literário José Saramago) e o nosso reino. Escreveu alguns livros para todas as idades, entre os quais: Contos de cães e maus lobosO paraíso são os outrosAs mais belas coisas do mundo e O rosto. A sua poesia foi reunida no volume contabilidade, entretanto esgotado. Publica a crónica Autobiografia Imaginária no Jornal de Letras.

do site da Wook

Valter Hugo Mãe na Biblioteca Municipal de Ílhavo
21 de outubro de 2016

 

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Aquilino Ribeiro – O Romance da Raposa

“Havia três dias e três noites que a Salta-Pocinhas – raposeta matreira, fagueira, lambisqueira – corria os bosques, farejando, batendo mato, sem conseguir deitar a unha a outra caça além duns míseros gafanhotos, nem atinar com abrigo em que pudesse dormir um soninho descansado.”

 

É desta forma sugestiva, que o escritor português Aquilino Ribeiro inicia O Romance da Raposa, um clássico juvenil. Este romance, baseado na fábula medieval Le Roman de Renart, foi escrito para um dos seus filhos. É uma história que conta a vida aventurosa de uma raposa chamada Salta-Pocinhas.

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Prémio para ensaio sobre Aquilino Ribeiro

Professora Nazaré Matos

Nazaré Matos, professora de Português do nosso Agrupamento, viu  reconhecida a qualidade do seu trabalho de investigação ao ser-lhe atribuído um prémio literário, de âmbito nacional, num concurso realizado em 2015 sobre obras inéditas de ensaio em torno do universo de Aquilino Ribeiro, promovido pelo Centro de Estudos Aquilino Ribeiro (CEAR), com o alto patrocínio do Município de Viseu.

Na sessão pública do anúncio e entrega do prémio, no valor de 10 mil euros, o representante do júri, Almeida Henriques, sublinhou que o ensaio de Nazaré Matos se distanciou dos restantes a concurso: “Foi consensual a opção por este trabalho, que se espera que venha a ser editado, depois de reconfigurado para um público mais alargado. Distanciou-se dos restantes logo numa primeira linha, quer pela sua estrutura, qualidade de linguagem, rigor de análise à temática e abertura, que possibilita aos leitores uma maior acessibilidade e paixão à obra de Aquilino”, sustentou.

De acordo com Almeida Henriques , este ensaio debruça-se sobre uma das componentes fundamentais da obra de Aquilino, que é a categoria do espaço.

Na cerimónia, a vencedora realçou “ser uma grande honra ficar ligada ao nome deste notável homem de letras”. Nazaré Matos considerou que “o valor educativo, a celebração de uma consciência cívica e ambiental, bem como a dimensão transgressora da obra aquiliniana são desafios estimulantes”. A autora disse ainda entender ser “urgente resgatar a obra de algumas críticas que a menospreza e que considera Aquilino um escritor quase ilegível.”

 

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Aquilino Ribeiro – Sinopses

Casa Grande de Romarigães

A casa grande de Romarigães

PNL – Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.

Este romance reproduz a mundividência das terras nortenhas e aproxima o texto ficcional da realidade narrada, numa Beira rural e analfabeta ancorada numa sociedade patriarcal. Misturando erudição com a linguagem popular, Aquilino capta esse ambiente arreigado na religiosidade e na crendice e revela o instinto camponês com todas as superstições e todos os subterfúgios associados à obsessão de propriedade.

TerrasDemo

Terras do Demo

“A serra é agreste, primitiva, mas tem carácter, sem dúvida. Comprazes-te em pintar-lhe as virtudes e encantos sem sombras, e não serei eu que te acoime de parcial. As tintas escuras são para o novelista e tens razão. Decerto que eu, ao chamar-lhe Terras do Demo, não quis designá-las por terras do pecado, porque o pecado seja ali mais grado ou revista aspecto especial que não tenha algures. Nada disso. A serra é portuguesa no bem e no mal. Chamei-lhe assim porque a vida ali é dura, pobrinha, castigada pelo meio natural, sobrecarregada pelo fisco mercê de antigos e inconsiderados erros e abusos, porque em poucas terras como esta é sensível o fadário da existência.”

Aquilino Ribeiro

 

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Quando os lobos uivam

Serra dos Milhafres, finais dos anos 40. O Estado Novo resolve impor aos beirões uma nova lei: os terrenos baldios que sempre tinham sido utilizados para bem comunitário e de onde essa comunidade retirava parte vital do seu sustento, seriam agora «expropriados» e utilizados para plantar pinheiros. Implanta-se um clima de medo nas gentes e é esse clima que Manuel Louvadeus, que havia emigrado para o Brasil anos antes, vem encontrar quando regressa à aldeia. Homem vivido e culto devido, segundo o próprio, aos muitos livros que por lá havia lido, Manuel tem uma visão abrangente e um sentido de justiça que rapidamente o fazem cair nas boas graças do povo. Toma então parte da sua gente, pessoas honestas e humildes que trabalham de sol a sol mas que não deixam de viver em condições miseráveis.

A revolta acaba por suceder e entre mortos e feridos tudo acaba numa caçada aos homens por parte da polícia que leva muitos homens à prisão acusados de serem instigadores e cérebros da revolta. O Estado mostra então todo o seu esplendoroso poder. Uma representação da saga dos beirões na defesa dos terrenos baldios perante a ditadura do Estado Novo, cuja primeira edição seria apreendida pela censura, valendo a Aquilino Ribeiro um processo que se arrastou durante mais de dois anos.

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Fundação Aquilino Ribeiro

Fundação Aquilino Ribeiro

A Fundação Aquilino Ribeiro – Casa Museu – Biblioteca, em Soutosa, Moimenta da Beira, é uma instituição de utilidade pública, sem fins lucrativos, que tem por missão a promoção e divulgação da obra de Mestre Aquilino Ribeiro.

Tem como objetivo primordial eternizar a memória do escritor, contribuindo para a divulgação e promoção da sua obra e garantir um destino unitário aos bens culturais existentes, valorizando-os através da investigação, incorporação, inventário, documentação, conservação, interpretação, exposição e divulgação com objetivos científicos, educativos e lúdicos. Para além do mencionado anteriormente, tem como função tornar acessíveis ao público interessado e investigadores as obras de arte e a biblioteca particular do escritor.

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Aquilino Ribeiro

Aquilino Ribeiro

CRONOLOGIA

1885Nasce no Carregal (concelho de Sernancelhe), no dia 13 de setembro.

1895 – Muda-se para Soutosa, concelho de Moimenta da Beira. Faz exame de instrução primária. Entra no Colégio de Nossa Senhora da Lapa.

1900 – Entra no Colégio de Lamego. Estuda Filosofia em Viseu. Entra depois no Seminário de Beja, obedecendo a um desejo da sua mãe que queria fazê-lo sacerdote.

1904 – Expulso do Seminário, regressa a Soutosa.

1906 – Vai para Lisboa. Colabora no jornal republicano A Vanguarda.

1907 – É preso por ser anarquista na sequência de uma explosão no seu quarto na Rua do Carrião, a 28 de novembro, em Lisboa, na qual morre um carbonário.

1908 – Evade-se da prisão em 12 de janeiro e durante a clandestinidade em Lisboa mantém os contactos com os regicidas, refugiado numa casa de Meira e Sousa, na Rua Nova do Almada, em frente da Boa Hora.

1910 – Estuda na Faculdade de Letras da Sorbonne. Vem a Portugal após o 5 de outubro e regressa a Paris, onde conhecera Grete Tiedemann.

1912 – Reside alguns meses na Alemanha.

1913 – Casa com Grete Tiedemann e regressa a Paris.

1914 – Nasce o primeiro filho, Aníbal Aquilino Fritz Tiedemann Ribeiro. Declarada a Primeira Guerra Mundial, Aquilino regressa a Portugal, sem ter terminado a licenciatura.

1915 – É colocado como professor no Liceu Camões, onde ficará durante três anos.

1919 – Entra para a Biblioteca Nacional de Portugal, a convite de Raul Proença.

1921 – Integra a direção da revista Seara Nova.

1927 – Entra na revolta de 7 de fevereiro, em Lisboa. Exila-se em Paris. No fim do ano regressa a Portugal, clandestinamente. Morre a primeira mulher.

1928 – Entra na revolta de Pinhel. Encarcerado no presídio de Fontelo (Viseu), evade-se e volta a Paris.

1929 – Casa em Paris com Jerónima Dantas Machado, filha de Bernardino Machado. Em Lisboa é julgado à revelia em Tribunal Militar e é condenado.

1930 – Nasce-lhe o segundo filho, Aquilino Ribeiro Machado que viria a ser o 60.º Presidente da Câmara Municipal de Lisboa – (1977-1979).

1931 – Vai viver para a Galiza.

1932 – Volta a Portugal clandestinamente.

1933 – Recebe o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, pelo seu livro As Três Mulheres de Sansão.

1935 – É eleito sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.

1952 – Faz uma viagem ao Brasil onde é homenageado por escritores e artistas, na Academia Brasileira de Letras.

1958 – Publica Quando os Lobos Uivam. É nomeado sócio efetivo da Academia das Ciências de Lisboa. É militante da candidatura de Humberto Delgado à presidência da República.

1960 – É proposto para o Prémio Nobel da Literatura.

1962 – Nasce-lhe a primeira neta, Mariana, a quem dedica O Livro da Marianinha.

1963 – É homenageado em várias cidades do país por ocasião dos cinquenta anos de vida literária. Morre no dia 27 de maio. Nessa mesma hora, a Censura comunicava aos jornais não ser mais permitido falar das homenagens que lhe estavam a ser prestadas. É sepultado no Cemitério dos Prazeres.

1974 – É publicado o livro de memórias Um Escritor Confessa-se. Como escreve José Gomes Ferreira no prefácio, Aquilino sabe mentir a verdade.

1982 – A 14 de abril é agraciado a título póstumo com o grau de Comendador da Ordem da Liberdade.

2007 – A Assembleia da República decide homenagear a sua memória e conceder aos seus restos mortais as honras de Panteão Nacional.

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25 de abril coloriu a biblioteca

A revolução de 25 de Abril de 1974 motivou uma exposição de trabalhos de alunos, realizados na disciplina de História.

Cravos vermelhos, símbolos da revolução, pontuaram  todo o espaço e deram cor à biblioteca.

Os mais novos puderam ainda conhecer como era uma escola primária nos tempos do anterior regime.

Manuel Alegre, escolhido como autor do mês, continua com a sua obra em destaque.

 

 

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Sophia de Mello Breyner Andresen

Sophia de Mello Breyner Andresen

Sophia de Mello Breyner Andresen foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1998. Recebeu ainda o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana. Foi a primeira vez que um português venceu este prestigiado galardão.

Foi casada com o advogado Francisco Sousa Tavares, passando a viver em Lisboa. Teve cinco filhos. Participou ativamente na oposição ao Estado Novo, através de uma grande participação cívica contra a Ditadura e é eleita, depois do 25 de Abril, deputada à Assembleia Constituinte.

Na sua poesia, Sophia evoca os objetos, as coisas, os seres, os tempos, os mares, os dias, utilizando uma linguagem poética quase transparente e íntima. Os autores clássicos e os mitos que contaram foram sempre uma referência muito importante para a escritora, de quem era uma grande estudiosa e leitora. Tinha uma grande paixão pela cultura Grega. A sua importante obra para as crianças foi, inicialmente, dirigida aos seus filhos, marcando sucessivas gerações de jovens leitores em Portugal e no mundo inteiro. A sua obra está traduzida em várias línguas.

Nasceu a 6 de novembro de 1919, no Porto e faleceu no dia 2 de julho de 2004, em Lisboa.

O seu corpo foi trasladado para o Panteão Nacional precisamente a 2 de julho de 2014, 10 anos após o seu falecimento.

Sophia Mello Breyner

Alguns livros escritos por Sophia de Mello Breyner Andresen:

Sophia Mello Breyner - livros

Inscrição

Quando eu morrer voltarei para buscar os instantes que não vivi junto do mar.

Sophia de Mello Breyner Andresen, Livro Sexto (1962)

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